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6/28/2006

Quanto tempo leva para esquecer um amor?

Essa é uma pergunta que sempre me intrigou. Porque é impossível esquecer alguém que já se amou um dia. A gente pode até não lembrar com tanta frequência. Pode até só lembrar quando recebe um e-mail inesperado. Mas, confessem: impossível ficar indiferente ao retorno da fênix. Dá frio na barriga ou dá raiva. Ou dá remorso, ou dá culpa. Ou dá alegria, ou dá tristeza. Alguma coisa sempre dá.Eu acho que amor, na verdade, não acaba nunca. O que ele faz é dormir, até que algo o desperte outra vez. Ou nunca mais.

Eu senti isso hoje quando percebi que Luciano me tirou do orkut. E apagou a dedicatória que tinha escrito a mim tempos atrás. Sim, é uma bobagem, eu sei. Até porque essa é uma relação morta e enterrada. Não sobrou nada dela.

Mas hoje ele tirou o depoimento. E eu fiquei, por incrível que pareça, chateada.

Será que eu estou exagerando? Será que isso é ego ferido? Não sei. Pode ser. Mas eu estou num momento em que sinto uma rejeição absurda, por outros motivos. Não existe no mundo sentimento pior que este.

6/27/2006

Decifrando o economês

Olhem só quem vos fala:
De tradutora de juridiquês passei a ter de traduzir economia para jornalistas que, como eu, só conhecem VGBL e PGBL pela propaganda do Unibanco!

Cá estou escrevendo um release para os grande jornais econômicos do País amanhã. Preciso informá-los de que "o volume de novos depósitos no sistema de previdência complementar aberta acresceu 23% no quadrisemestre, chegando a R$ 6 bilhões, e que o VGBL mantém a liderança de novos depósitos, com 62% de captação".

Eu estou me matando de rir porque o assunto é muito sério - e quem me conhece sabe que eu de séria não tenho nada (rs).

Mas vejam bem o meu papel: eu sou a mulher que deve informar os jornais que sucessivamente informam os investidores sobre onde é que eles têm de botar o dinheiro deles.
Fica mal se eu disser que eles devem colocar na minha conta bancária? (rs)

6/25/2006

Descobertas durante o plantão

Tá certo, é chato acordar 6:40 no sábado para dar plantão. Pior é repetir domingo. Mas, pensando bem, nem é tão ruim assim. Dá para aproveita melhor o dia, que esses dias têm começado lindo, com sol, embora frio. Antes de entrar, caminhei pelo Itaim, fui à padaria e tomei um belo café expresso com pão de queijo bem quentinho. Cá estou, diente da pilha de jornais que espera ser lida. Faz parte do jogo.

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Sobre a candidatura de Lula à reeleição.

"O slogan que ficou famoso em 2002, e dizia "Por um Brasil decente, Lula presidente!", foi substituído por "Lula de novo, com a força do povo".

Ps.: alguém aí acha que ele merece esse voto de confiança?

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No O Globo encontrei um artigo de Paulo Coelho. Odeio esse cara, mas me chamou a atenção um trecho do texto, em que relatava uma conversa com uma passageira durante a viagem entre Ekaterinburg e Novosibirsk. Ela lhe deu uma oração escrita por um judeu morto num campo de concentração, que lhe dizia o seguinte:

"Senhor, quando vieres na tua glória, não te lembre apenas dos homens de boa vontade, mas também dos homens de má-vontade. E, no dia do julgamento, não te lembres apenas das crueldades, sevícias e violência que eles praticaram: lembra dos frutos que produzimos por causa do que eles nos fizeram. Permite, então, Senhor, que o fruto por nós produzidos possa servir para salvar as almas dos homens de má-vontade."

Me fez pensar um pouco sobre uma coisa que dra. Elza sempre diz e me conforta. Que as dificuldades não têm o sentido de derrubar, propriamente, mas de fortalecer, para que possamos nos tornar pessoas melhores. É assim que me sinto quando avalio a minha relação com Juan. Se nos encontramos foi por algum motivo, e se nos separamos, também. Nada nesta vida é por acaso.

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6/21/2006

Coisas da vida

Tive uma folga (inacreditável) de 10 minutinhos - em meio a reuniões, recados, telefonemas e à tonelada de papel que se acumula sobre a minha mesa esperando algum destino que não o lixo - para refletir um pouco sobre a minha vida e agradecer a Deus (só pode ser obra dele) e aos amigos tudo de bom que vem acontecendo comigo.

A sensação é de que, enfim, tudo se encaixou, e tudo está funcionando com perfeição. Tão perfeito que pergunto: será que eu mereço?

A relação com meus pais nunca esteve melhor. Estamos muito mais próximos e amáveis, mais unidos e amigos, como nos tempos em que eu era criança. Eu andava muito carente de colo de pai e mãe. Aliás, ando carente de vários colos. Mas o pai é confiável. Não abandona, não decepciona, não trai a nossa confiança e nunca quer o nosso mal.

O trabalho anda ótimo. estou amando enlouquecer todos os dias. Fico em saias-justas muitas vezes, mas é muito gostoso os muitos desafios por que passo. Sinto que estou crescendo e aprendendo muito. Até quando isso vai durar, não sei. Mas, enquanto durar, quero aproveitar (e juntar dinheiro para fazer muuuuuitas coisas).

No lado pessoal, as portas podem estar se abrindo novamente. Depois de virar a página, nada melhor que começar uma nova história. Já me sinto preparada para isso. Estou abertíssima para o novo. Quero encontrar alguém que possa compartilhar essa ótima fase em que vivo.

Quero aproveitar e agradecer minha psicóloga, dra. Elza, que tem sido a grande responsável por essa mulher que lhes apresentei. E aos amigos, que me apresentaram uma maneira diferente de ver a vida. Mais sábia, mais confiante e muito mais verdadeira.
A todos, meu obrigado.

Ps.: Desculpem se o texto ficou parecendo o discurso de cerimonial. Como lhes disse, a SulAmérica está me deixando louca! Bjs

Nós, na mídia internacional

Argentina y Brasil ajustan su ritmo de vida a los horarios del Mundial
Patrícia Caro, Bloomberg, Argentina.

"Según una encuesta de la Asociación Brasileña de Calidad de Vida, casi el 80% de las empresas libera a sus empleados para que puedan ver a su selección. En las ciudades grandes lo hacen con dos o tres horas de antelación, previendo que el tráfico estará congestionado. “Las empresas asumen ese coste porque no hay clima para hacer trabajar a la gente.No merecería la pena luchar contra ello porque la desmotivación y las revueltas serían grandes y erjudicarían la productividad”, afirma Maria Helena Monteiro, vicepresidenta de Recursos Humanos de Sudamérica, aseguradora asociada a ING Direct.

Esta compañía permite a sus 5.600 empleados que se vayan a casa a las dos de la tarde aunque el partido comience a las cuatro, pese a que la hora de salida habitual es a las cinco. Al igual que muchas empresas, también organizan concursos de decoración sobre la selección entre las plantas del edificio– financiada por los propios empleados– y se incentiva el clima de compañerismo que crea el Mundial. Muchas empresas también reparten kits con camisetas, trompetas, serpentinas y otros artículos para crear ambiente.

comentário da semana

Ronaldo está muito gordo?

Olha, eu acho que ele tá no ponto. Eu gosto de homens que têm pescoço largo. Não faço questão de homens barriga-tanquinho. Pode ter uma barriguinha de cerveja. Mas não muito grande, por favor!
Agora, faço questão de uma coisa: dentes perfeitos.
Os do Ronaldo, não dão para encarar.
Daí que acho ele bonitinho, até o momento em que sorri.

O que é, o que é

Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita!
(só no gogó!)

Viveeeeeeeeeer
E não ter a vergonha de ser feliz
Cantaaaaaaaar (e cantaaaaaaar e cantaaaaaaaaar)
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus! Eu seeeeei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
é bonita, é bonita e é bonita
(s'embora todos)



E a vida?
E a vida o que é? Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão? Ê ô!

Mas e a vida
Ela é maravida ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é, o que é, meu irmão?

Há quem diga que a vida da gente é um nada no mundo
É uma gota é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer, pois amada não é e o o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça, e na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre de-se-ja-daaaaaaaa
Por mais que esteja errada

Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita

Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita!

Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita

(Gonzaguinha)

6/16/2006

Por que comigo?

O meu melhor amigo, com quem convivi 10 longos anos e cuja companhia eu simplesmente adoro, passou em casa para me dizer que é melhor nos distanciarmos por um tempo, porque a nossa relação confunde a cabeça dele e a minha presença o impede de conhecer novas pessoas. Tá certo. Amizade entre homem e mulher sem interesse é, para muita gente, complicado de entender. Mas... isso só poderia acontecer comigo.
Quem sabe eu precise mudar a minha personalidade? Deixar de ser legal, boa amiga, boa amante. Emburrecer, ficar sem assunto, deixar de ser divertida e agradável.
Quem sabe assim as coisas funcionem?
Porque, seja de amigo ou namorado, minhas relações sempre fracassam.
Por que comigo?

6/14/2006

Estréia

1º Tempo - Expectativa

Enorme sacrifício para ver a partida. O dia começou movimentado, porque cheguei na empresa às 11 (porque eu tinha psicóloga)e saí às 14, quando todos os funcionários foram liberados. Na hora de ir embora, dei uma espiada pela janela e, surpresa: a Marginal estava parada! O ruim de trabalhar no Morumbi é o fato de que não existem caminhos alternativos: ou se pega a Marginal, ou não se sai daqui! Peguei um trânsito absurdo por onde passei. Na Augusta, na Alameda Santos e quase não consigo chegar à casa da Mariana em tempo! Muito estresse para pouca coisa.

2º Tempo - Decepção

Brasil estreou com vitória suada. "Ufa!", foi a manchete do Estadão de hoje, com a foto de Kaká. E, realmente, se o Brasil quiser voltar ao Estádio Olímpico de Berlim para fazer o final da Copa e levar seu 6º título, precisa jogar muito mais que ontem. O mundo inteiro estava de olho no "quadrado mágico do ataque", mas só Kaká jogou bem. Ronaldo, que lástima..., foi substituído no 2º tempo. Se não fosse a defesa de Dida, não sei o que seria do Brasil nesta partida.

Prorrogação

E agora, mais que nunca, morro do coração vendo tantas reportagens seguidas sobre Berlim e outras cidades da Alemanha. Dia desses peguei um calendário da Copa e constatei: só não conheço duas cidades onde ocorrerão os jogos, Gelsenkirchen e Kaiserslautern. Ontem, meu pensamento ia longe quando a tevê mostrava o Estádio de Berlim. Ainda me lembro daquela tarde fria de outono quando o conheci, e via, de uma imensa torre, os jogadores, minúsculos, lá em baixo, treinando. Velhos e bons tempos...

Fim do Jogo

Por falar "daquele tempo", recebi um e-mail inusitadíssimo ontem. Alessandro Silva, um dos meus companheiros de viagem e com quem fui para Paris, votando da Alemanha, naquela viagem tragico-cômica, escreveu contando que teve a sorte de voltar à cidade luz para desfazer a imagem ruim que tivemos. E que lamentava, amargamente, não termos ficado juntos aquela noite em que dividimos um quarto em Montparnasse. Ahhhh, se ele soubesse que eu também lamento muito! Bom, preferi não falar nada. Respondi o e-mail apenas com um "nos vemos no Rio qualquer dia desses", e ficou por isso mesmo. Ahhhh, se ele sou-bes-se!

Ps.: Nada mau um romance-relâmpago em Paris, né? (ou no Rio, quem sabe?)

6/11/2006

Momento conflito

E eu, que andava tão feliz e segura de meus passos, senti o chão faltar, a agonia tomar conta e voltei a fazer perguntas para quais não encontro explicação. Raiva de mim, que fujo desse amor bandido, mas não tenho a quem pedir socorro. Toc, toc, toc, alguém me escuta?

PS.: percebi a gravidade da coisa depois de ouvir Fábio Júnior e ter uma crise de choro. O QUE É QUE ESTÁ SE PASSANDO COM A MINHA CABEÇA (RS)?

6/08/2006

Mais da série pensamentos

"A essência da liberdade, se é que lhe interessa saber, não consiste apenas em ter a galhardia ou a honradez de assumir os próprios erros sem ficar procurando desculpas a torto e a direito. O indivíduo responsável é consciente do que sua liberdade tem de 'real'. Emprego 'real' no duplo sentido, de 'autêntico' ou 'verdadeiro' e também 'próprio de um rei', aquele que toma decisões sem que nenhum superior lhe dê ordens. Responsabilidade é saber que cada um de meus atos vai me construindo, vai me definindo, vai me inventando. Ao escolher o que quero fazer vou me transformando pouco a pouco. Todas as decisões deixam marca em mim mesmo antes de deixá-la no mundo que me cerca."
(Fernando Savater em "Ética para meu Filho" - Editora Martins Fontes).

6/06/2006

Eu, reinventada

Desde que comecei a trabalhar na SulAmérica minha vida mudou.
Agora eu sou uma pessoa que acorda cedo e perdeu um pouco a boemia. Também sou uma mulher que anda de salto alto e tailleur e fica distribuindo cartões de visita a torto e a direito. Coquetel, praticamente toda semana. O bom é que a chefe já liberou: disse que os eventos são chatos e a única coisa boa é que a gente pode encher a cara com champanhe e se esbaldar de queijo brie com geléia de damasco. Essa parte foi a de que mais gostei (rs).
Também têm as viagens. Nunca se sabe quando é necessário ir para o Rio (que coisa chata, né?), Salvador ou Recife. Estou esperando uma urgência dessas para passar uma tarde em Itapuã, ou quem sabe tomar um chope gelado em Copacabana, andar pela praia até o Leblon.
Ahhhhh, coisa boa é viver, né?
Como diz a Nani, 2006 é O ANO.
Tenho certeza de que é sim. Pelo menos está tudo caminhando para ser.


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Parafraseando os versos de Tom acima, fiquei com esse trecho da música Ligia na cabeça
(que tem a ver com a terapia hoje):

"E quando eu me apaixonei não passou de ilusão,
O seu nome rasguei, fiz um samba canção
Das mentiras de amor que aprendí com você..."

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6/01/2006

Ei, você!

- Olá! Como vai?
- Eu vou indo. E você, tudo bem?
- Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E
você?
- Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!
- Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
- Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
- Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
- Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
- Quanto tempo!
- Pois é...quanto tempo!
- Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
- Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
- Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
- Pra semana...
- O sinal...
- Eu procuro você...
- Vai abrir, vai abrir...
- Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
- Por favor, não esqueça, não esqueça...
- Adeus!
- Adeus!
- Adeus!

Ps.: Essa é a letra de Sinal Fechado, de Chico Buarque, mas bem que parece as minhas conversas nas últimas semanas. A falta de tempo é tanta que não estou conseguindo fazer o que mais gosto: estar com meus amigos. Sinto a falta deles. MUITA.

Outro

"Assim, para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa [...] O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo por si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser: é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."