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12/26/2007

Virada soteropolitana

Salve Salvador!
Spa para almas taciturnas, santo remédio para personalidades inapetentes.

A capital da Bahia merece ser sempre descoberta e redescoberta, no que tem de permanente e na constante sucessão de novidades.

Não gosta de dendê? Bem-vindo à nouvelle cuisine do Paraíso Tropical, o restaurante que inventou a moqueca com tangerina, sucesso da temporada.
É da brigada antiaxé? Tem de house a salsa nas casas noturnas do Aeroclube Plaza Show.

Quando o primeiro tambor do Olodum ecoa na praça principal, as rodas de samba já assolam os bares. O reggae reverbera pelos becos e o frenesi é tão contagiante que até o mais soturno dos temperamentos acaba requebrando pelas ladeiras.

Blocos se juntam para o ensaio do Carnaval. A paquera toma conta das escadarias do Pelô. As ruas ficam perfumadas pelo cheiro do cravinho, a deliciosa infusão de cravo, cachaça, mel e limão que os baianos adoram.

Se o mar de Salvador não fosse tão morno, a brisa tão fresca e a comida tão especial, isso já bastaria para seduzir os visitantes. É por isso que eu tô indo para lá.

Feliz Ano-Novo!

12/25/2007

Então é Natal

"O Natal celebra a vitalidade das coisas que ainda são frágeis, requerem cuidados, proteção e acolhimento. Ele revela, para alguns de maneira dolorida, que dependemos uns dos outros, mesmo que o outro não dependa de mim. É a celebração do Sol que aquece, fica ameno, se enfraquece e cresce novamente, gerando as estações, marcando a passagem do tempo cronológico e a finitude humana. Apesar dos esforços, não há só alegria nesta festa, há muita expectativa frustrada: do abraço que faltou, do gesto acolhedor que não aconteceu. Talvez haja também o medo, tão humano, de que o Sol não volte a brilhar, ou de que não se reconheça o divino que se revela de forma amorosa e singela. O Natal é a celebração da história humana que acontece porque somos capazes de nos relacionar em meio à precariedade de recursos, em manter vínculos afetivos simples e receber o inesperado da manifestação divina, aguardada de forma grandiosa, mas surpreendente na singeleza de uma criança."
Sebastião Molina Sanches.

Boas festas.