Descobertas
Às vezes, a gente precisa de uns chacoalhões para acordar e dar-se conta do tamanho da nossa arrogância. Os últimos acontecimentos têm me mostrado isso: o quanto eu preciso mudar, ser mais humilde, gentil, enfim, simples, como a maioria das pessoas - e eu faço parte da maioria.
A pecha de "patricinha" me fez muito mal, honestamente. Principalmente porque o adjetivo está ligado à alienação, o que definitivamente eu não sou. Decidi, então, que quero ser uma pessoa comum, que trabalha no centro da cidade, usa transporte público e tem de aprender a conviver com as putas, a sujeira, o barulho, a pobreza e as mazelas de uma cidade grande como São Paulo.
Essa experiência tem me feito bem. O metrô é limpo, organizado, rápido e seguro. É bom olhar as pessoas, encará-las, e imaginar o que elas estão pensando, tão cedo. É bom focar as atenções no outro, ainda que o outro seja desconhecido. É bom cumprimentar as pessoas no elevador, ter a quem pedir licença, ter companhia durante o almoço e falar sobre mil assuntos que não trabalho. Parece que nasci para vida...
Agora estou à procura de um alguém para dividir as contas do conjugado que eu pretendo alugar ali na Bela Cintra. Quero assumir o lado paulistano que sempre existiu em mim.
Faz só uma semana, mas tudo é tão novo e fascinante... Por isso eu digo: no fundo, tudo opera para o bem, mesmo que a gente custe um pouco a entender. Estar sozinha, neste momento, também tem o seu por quê. São os meus 30 anos me obrigando a crescer.
A pecha de "patricinha" me fez muito mal, honestamente. Principalmente porque o adjetivo está ligado à alienação, o que definitivamente eu não sou. Decidi, então, que quero ser uma pessoa comum, que trabalha no centro da cidade, usa transporte público e tem de aprender a conviver com as putas, a sujeira, o barulho, a pobreza e as mazelas de uma cidade grande como São Paulo.
Essa experiência tem me feito bem. O metrô é limpo, organizado, rápido e seguro. É bom olhar as pessoas, encará-las, e imaginar o que elas estão pensando, tão cedo. É bom focar as atenções no outro, ainda que o outro seja desconhecido. É bom cumprimentar as pessoas no elevador, ter a quem pedir licença, ter companhia durante o almoço e falar sobre mil assuntos que não trabalho. Parece que nasci para vida...
Agora estou à procura de um alguém para dividir as contas do conjugado que eu pretendo alugar ali na Bela Cintra. Quero assumir o lado paulistano que sempre existiu em mim.
Faz só uma semana, mas tudo é tão novo e fascinante... Por isso eu digo: no fundo, tudo opera para o bem, mesmo que a gente custe um pouco a entender. Estar sozinha, neste momento, também tem o seu por quê. São os meus 30 anos me obrigando a crescer.