Final feliz
Nestes tempos líquidos, segundo Zygmunt Bauman, em que não temos controle sobre nada e não há respostas possíveis às nossas angústia e ansiedade desenfreadas, fica cada vez mais difícil entender para onde caminha as relações humanas e os vínculos afetivos.
Estamos sempre circulando dentro de shopping centers, dirigindo em carros blindados, vivendo em condomínios fechados, lutando por atualização constante e acúmulo de conhecimento. Nossas conexões - e não relações - são superficiais e virtuais. Temos medo do outro, o estranho, que, segundo meu professor da pós-graduação, é pior que o inimigo, que é previsível. O estranhamento assusta, porque ele está colocado em outra dimensão cultural.
Não existe mais relação de pacto ou compromisso. As conexões são interesseiras e interessadas - estabelecidas por conveniência, que a gente liga quando quer e desconecta quando ameaça. A indústria do medo faz a gente canalizar a angústia da existência no consumismo, porque, afinal de contas, o sentimento de pertencer a algo ou alguém é uma necessidade inerente à raça humana.
Tentam nos convencer de aquele automóvel ecoturb vai nos dar a tão almejada sensação de bem-estar... E a gente compra, em 100 prestações mensais, pelo enorme prazer de ficar trancados em casa, seguros, sozinhos, sentados, inertes, impassíveis, diante da tevê. Viva o Homer Simpson!
Cresce o racismo, a xenofobia, a intolerância. E todo mundo finge que não entende o por quê das guerras e por que os Estados Unidos, o país mais conservador do planeta, é também o maior produtor de pornografia do mundo.
Aí vem o Gikovate defender, em seu novo livro, a tese de que amor nos tempos modernos é lenda, e que talvez nós, mulheres, tenhamos mais interesse em estabelecer relações estáveis por razões sexuais (não nos divertimos muito com o sexo sem compromisso)e pela idéia antiquada de que casar pode ser um bom negócio. E que os solteiros é que são felizes, porque a solteirice representa a vitória da individualidade... Viva os encalhados!
E assim caminha a humanidade, rumo à esquisitice, na minha humilde opinião.
Estamos sempre circulando dentro de shopping centers, dirigindo em carros blindados, vivendo em condomínios fechados, lutando por atualização constante e acúmulo de conhecimento. Nossas conexões - e não relações - são superficiais e virtuais. Temos medo do outro, o estranho, que, segundo meu professor da pós-graduação, é pior que o inimigo, que é previsível. O estranhamento assusta, porque ele está colocado em outra dimensão cultural.
Não existe mais relação de pacto ou compromisso. As conexões são interesseiras e interessadas - estabelecidas por conveniência, que a gente liga quando quer e desconecta quando ameaça. A indústria do medo faz a gente canalizar a angústia da existência no consumismo, porque, afinal de contas, o sentimento de pertencer a algo ou alguém é uma necessidade inerente à raça humana.
Tentam nos convencer de aquele automóvel ecoturb vai nos dar a tão almejada sensação de bem-estar... E a gente compra, em 100 prestações mensais, pelo enorme prazer de ficar trancados em casa, seguros, sozinhos, sentados, inertes, impassíveis, diante da tevê. Viva o Homer Simpson!
Cresce o racismo, a xenofobia, a intolerância. E todo mundo finge que não entende o por quê das guerras e por que os Estados Unidos, o país mais conservador do planeta, é também o maior produtor de pornografia do mundo.
Aí vem o Gikovate defender, em seu novo livro, a tese de que amor nos tempos modernos é lenda, e que talvez nós, mulheres, tenhamos mais interesse em estabelecer relações estáveis por razões sexuais (não nos divertimos muito com o sexo sem compromisso)e pela idéia antiquada de que casar pode ser um bom negócio. E que os solteiros é que são felizes, porque a solteirice representa a vitória da individualidade... Viva os encalhados!
E assim caminha a humanidade, rumo à esquisitice, na minha humilde opinião.
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