BRIEFTASCHE

Voltei a ler Schopenhauer e a Arte de Ser Feliz vai virar, definitivamente, o meu livro de cabeceira. Porque é muito realista. Porque felicidade é um eufemismo, e a condição de ser feliz não existe. O que é possível é estar feliz, e essa condição é passageira: pode durar minutos, horas, dias, mas nunca uma vida inteira.

Desculpem se me acham pessimista, mas é que tomar floral de Bach para ficar serena não está resolvendo. Nem a terapia consegue explicar essa minha inquietude diante dos meus dilemas e dos males do mundo. Schopenhauer, pelo menos, ensina que a vida oscila entre o tédio e a dor e que este mundo não passa de um mar de lágrimas; portanto, a verdadeira sabedoria de vida é não esperar muito dela. Tem coisa mais reconfortante que isso?