Pisadas na bola
SAIU NA VEJA, 2o de fevereiro
Machado não merecia
Muitos erros da nova biografia do escritor Daniel Piza
Lançado no fim do ano passado pela Imprensa Oficial de São Paulo, Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro, do jornalista paulista Daniel Piza, deveria ser uma novidade auspiciosa nas livrarias. Afinal, a obra de Machado (1839-1908), o maior dos escritores brasileiros, tem sido objeto de muitos estudos críticos recentes, mas a última biografia do autor foi publicada em 1981, por Raimundo Magalhães Júnior. A leitura dos especialistas, contudo, DEMONSTRA QUE O LIVRO ESTÁ REPLETO DE ERROS. Ele falha no requisito primordial de uma obra de referência: a informação confiável. "Tudo o que há de bom na biografia de Piza já se encontrava em Magalhães Júnior. O resto são erros factuais e ilações indevidas", disse o crítico Wilson Martins a Veja.
Martins fez um breve inventário de equívocos do livro, que inclui ABERRAÇÕES HITÓRICAS (por exemplo, a informação de que o brasileiro José Bonifácio era português ou que o Padre Feijó foi tutor de dom Pedro II), e ANÁLISES DELIRANTES dos nomes próprios dos personagens machadianos (Piza diz, por exemplo, que o Palha, de Quincas Borba, é "quase Pulha")...
Enredos de contos como O Alienista são resumidos de maneira EQUIVOCADA e um personagem de Dom Casmurro, José Dias, o agregado que adora usar superlativos, É REBATIZADO DE JOÃO!!! O desprezo pela precisão torna o livro IMPRESTÁVEL. Como poderia dizer José (e jamais João) Dias, é um pecado gravíssimo.
PS.: Perdoem-me pela maldade. Mas o que se poderia esperar de quem certa vez afirmou que Jesus Cristo morreu ENFORCADO?
Machado não merecia
Muitos erros da nova biografia do escritor Daniel Piza
Lançado no fim do ano passado pela Imprensa Oficial de São Paulo, Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro, do jornalista paulista Daniel Piza, deveria ser uma novidade auspiciosa nas livrarias. Afinal, a obra de Machado (1839-1908), o maior dos escritores brasileiros, tem sido objeto de muitos estudos críticos recentes, mas a última biografia do autor foi publicada em 1981, por Raimundo Magalhães Júnior. A leitura dos especialistas, contudo, DEMONSTRA QUE O LIVRO ESTÁ REPLETO DE ERROS. Ele falha no requisito primordial de uma obra de referência: a informação confiável. "Tudo o que há de bom na biografia de Piza já se encontrava em Magalhães Júnior. O resto são erros factuais e ilações indevidas", disse o crítico Wilson Martins a Veja.
Martins fez um breve inventário de equívocos do livro, que inclui ABERRAÇÕES HITÓRICAS (por exemplo, a informação de que o brasileiro José Bonifácio era português ou que o Padre Feijó foi tutor de dom Pedro II), e ANÁLISES DELIRANTES dos nomes próprios dos personagens machadianos (Piza diz, por exemplo, que o Palha, de Quincas Borba, é "quase Pulha")...
Enredos de contos como O Alienista são resumidos de maneira EQUIVOCADA e um personagem de Dom Casmurro, José Dias, o agregado que adora usar superlativos, É REBATIZADO DE JOÃO!!! O desprezo pela precisão torna o livro IMPRESTÁVEL. Como poderia dizer José (e jamais João) Dias, é um pecado gravíssimo.
PS.: Perdoem-me pela maldade. Mas o que se poderia esperar de quem certa vez afirmou que Jesus Cristo morreu ENFORCADO?
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