Sobre o tempo que não se detém
Voltei a me encontrar com o tema "tempo". Desta vez, sobre tempo suspenso, ou "tiempo detenido", para ser mais exata. E senti, como a maioria das pessoas, uma inquietação, um desassossego, que me fez refletir.
Quem é que pode frear o tempo?
Quem é que pode nos desviar do caminho para o qual, inevitavelmente, todos seguimos: a morte?
Alguns podem alegar que isso é, sim, possível.
Pois temos a fórmula secreta: a máquina fotográfica!
Argumentariam que, "num simples clik, tempo e espaço são imortalizados, trazendo com eles sentimentos e sensações de um passado que pode nos pertencer ou não".
Mas, entendi direito? De repente viramos deuses?
Eu lhes diria, sem pretensão alguma, que isso é ilusão. Um clik, um segundo "suspenso", e já não somos mais quem éramos. Não somos! E que fotografia não detém o tempo, só o registra. Imprime um tempo que passa e que não volta, como fazem os jornais, as revistas.
Para ser mais exata, lhes diria francamente que nunca seremos capazes de suprir o vazio e a sensação de que não temos nada. Somos seres limitados.
Não temos o controle do tempo. Somos seres humanos.
Mentira? Ora, reflitam um pouco!
Deram asas ao tempo, meus caros. Impossível detê-lo.
2 Comments:
De certa forma, ainda bem, né? ;-)
de fato, o tempo é independente e impiedoso. e isso tb me assusta.
beijos, baby
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