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10/11/2005

Unnotionless

Dia 6/10, quinta-feira, 2:30 da madrugada. O telefone toca. Eu estava... bem... digamos, ocupada (o que eu estava fazendo não vem ao caso), mas resolvi ver quem se tratava. Olho no visor e vejo: Fernanda. Resolvo não atender. Afinal, o que ela poderia querer comigo àquela hora? No certo faria um convite para um chope. E eu, uhmmmm, estava fazendo coisa mais interessante. No dia seguinte, ao ouvir a mensagem deixada supostamente pela Fê, uma voz masculina me deu arrepios. "Patrícia, tudo bem?, é Danilo. Desculpe ter ligado para vc aquela hora, mas queria saber como vc está, como foi a viagem, blablablá." Uiiiiiiii, socorro. Muito estranho. Nada demais se se tratasse de um superamigo, que numa situação de emergência (tipo, o pneu furou, estou sem step, a chave quebrou no contato da ingnição), tivesse lembrado de mim como a única salvadora da pátria de todo o Planeta. Mas estamos falando de um ex-caso, um ex-ficante, uma ex-trepada, ex-colega de jornal, ex-passado que eu não faço a mínima questão que volte a ser presente. Bom, a coisa não parou por aí. O telefone tocou logo em seguida, ele de novo. Para se desculpar e marcar um chope, porque, segundo ele, temos muito o que falar (????). Eu recusei discretamente o convite; era sexta-feira, dia de fechamento, acabaria tarde, respondi. Mas para a minha surpresa... hoje encontro novo e-mail do unnotionless.
"Oi, Você vai trabalhar amanhã? Bom, eu vou, mas entrarei mais tarde.
A gente podia marcar aquele papo hoje. O que acha?
Beijos
Dan"
O que está acontecendo neste mundo? Por que será que eu eu vivo rodeada de loucos que se acham no direito de pensar que todas as mulheres da face da Terra (principalmente eu) estão à disposição? Que em nome de uma "bem-intencionada amizade" se acham no direito de me telefonar de madrugada, me beijar a força, se embriagar e dizer que me ama e, no dia seguinte, fingir que nada aconteceu? Façam o favor! Já não sei se a errada sou eu. Porque a dra. Elza, minha psicóloga, vive dizendo que "a gente atrai o semelhante". Tsunami, Rita, Katrina, e homens sem noção... Acho que, definitivamente, o mundo está acabando.